segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um pouco de memória da Grande Guerra


Em Roma não se erra de caminho, se deixa de chegar a um lugar e se chega a outro encantador. Foi por acaso, a caminho do mercado do Campo di Fiori, que chegamos ao Monumento da Grande Guerra, instalado na antiga residência de Mussolini. Bom, o espaço é amplo e inclui o museu do renascimento e da emigração italiana. Muito oportuno.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Objetos e documentos guardam parte da história

Conclui horas antes de viajar a relação de objetos e documentos que pretendo doar ao Monumento Votivo Militar Brasileiro de Pistoia. Ao contrário do diário e dos documentos que estavam guardados com ele, convivi com esses objetos desde pequeno. Brinquei muito com eles, principalmente com o capacete, as bússolas e o curvímetro. Durante os anos, creio que alguns se perderam, talvez por culpa de uma certa criança curiosa. Lembro que tinha grande quantidade de balas de revolver e fuzil, das quais so restaram duas,
Nesse primeiro momento, devo fazer apenas o termo de doação, deixando o envio para depois. No entanto, segue uma relação desse material que ajuda a ilustrar a história da participação brasileira na II Guerra Mundial.
 
 
LISTA DE OBJETOS DE ITALO DIOGO TAVARES PARA DOAÇÃO
1.       Par (2) de plaquetas de identificação em combate
 
 
2.       Capacete de combate de aço com insígnia de tenente (estrela) e capacete interno
 
 
3.       Cantil de combate de alumínio com capa de lona
 
 
4.       Marmita de alumínio com tampa
 
 
5.       Bolsa de lona para munição com alças para prender ao cinto e botões
 
 
6.       Bolsa de lona para objetos com alças para prender ao cinto e botões
 
 
7.       Ombreiras (10) de identificação (FEB, A5, etc.)

 
8.       Curvímetro (para medir distâncias em mapas e superfícies curvas)

 
9.       Bússola com régua e mira

 
10.   Bússola com mira (Corps of Engeneers U. S. Army)

 
11.   Insígnias de tenente (6)

 
12.   Quadro e tarjeta com principais medalhas (7): Cruz de Combate, Campanha Expedicionária, de Guerra, Honra ao Mérito Militar, de Aplicação e do Pacificador

 
13.   Outras medalhas (5): Mérito Militar da República do Paraguai, Aplicação Marechal Hermes, Marechal Francisco de Souza Aguiar, Prêmio por Comportamento (Colégio Militar), Centenário da Associação Portuguesa de Beneficiência

 
14.   Medalha da FEB alusiva à libertação de Florença (Firenze)

 
15.   Tarjeta com medalhas de Campanha e Combate

 
16.   Chaveiro com insígnias da FEB e do 5° Exército

 
17.   Botões da farda (11)

 
18.   Boina azul de ex-combatente com insígnia da FEB

 
19.   Balas/projéteis (2) de pistola não disparados

 
 
DOCUMENTOS ANEXOS AO DIÁRIO DE ITALO DIOGO TAVARES
1.       Etiqueta de embarque no navio General Mann (1° Grupamento)

 
2.       Manual de sobrevivência no mar distribuído no navio

 
3.       Cartão de racionamento

 
4.       Carta do comandante em chefe, general Mark Clark, aos militares brasileiros

 
5.       Folha com assinaturas dos integrantes do 3° Pelotão

 
6.       Desenho da Torre de Nerone (autor desconhecido)

 
7.       Desenho da Torre de Nerone feito pelo sargento Jamil Amiden e dedicado ao ten. Italo

 
8.       Passe de descanso para oficial do 5° Army (2)

 
9.       Bilhete “The Musig Box”

 
10.   Mensagem a oficiais e praças do 5° Exército de L. K. Truscott, comandante U. S. Army

 
11.   Mensagem de Natal (1944) do general Mascarenhas aos “Camaradas as 1° D. I. E.”

 
12.   Mensagem do comando brasileiro aos “Soldados do Brasil”

 
13.   Mensagem “Ordem do Dia Especial” de H. R. Alexander Field Marshal, supremo-comandante aliado no Mediterrâneo

 
14.   Mensagem do capelão (07/05/1944) aos praças

 
15.   Relação de Material saco A e saco B

 
16.   Anotação em verso de folha dos nomes e números dos soldados do Pelotão de Petrechos

 
17.   Instruções sobre correspondência pessoal, sujeita a censura

 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Um diário de herança


Lá se vão uns dez anos, por baixo, que minha conversa com meu pai chegou ao diário de guerra. Eu estava de folga no Rio e ele convidou para tomarmos chopp no Corujinha, em Copacabana. Estava a segunda mulher dele, Maria Eugênia, minha irmã Edna, minha sobrinha e afilhada Erika, além de Nádya. Num daqueles papos que envolvem outros irmãos, meu pai acabou falando que tinha curiosidade de saber o que cada filho gostaria de ficar como recordação dele. Eu me lembrei do relógio de ouro que nos fascinava crianças e que ele tinha deixado de usar diariamente no Rio por medo de assalto. Ele me disse que o relógio já estava prometido para meu irmão Edson. Então eu disse: “Tudo bem. Então eu quero o diário que você escreveu na guerra pra publicar”.
Acho que ele não esperava essa escolha. Desconversou dizendo que não sabia nem onde o diário estava, que não valia a pena, que devia estar no fundo de um armário utilizado como depósito. E a conversa ficou nisso.
Esse diário era uma espécie de livro místico para nós, filhos, que nunca ouvimos nosso pai falar uma palavra que fosse sobre o período da guerra. A única pessoa que seguramente leu foi minha avó, Dega, e os relatos dela fermentaram ainda mais nossa curiosidade de crianças. Meus irmãos mais velhos chegaram a ler, escondidos, algumas páginas manuscritas. Eu pessoalmente, nunca tinha visto tal diário, não tinha a menor idéia da aparência dele e até me perguntava se ele existiria mesmo ou seria um fruto da imaginação familiar.
Alguns meses após a morte de meu pai, minha irmã Edna, a única filha a permanecer morando no Rio, me ligou contando que estava na casa dela uma mala com as coisas da guerra que o meu pai tinha deixado. Inclusive o diário. E combinamos que eu pegaria na minha próxima viagem ao Rio.
Foi o que fiz, encontrando o diário perfeitamente organizado, com documentos da época, como uma carta do comandante dos aliados, Mark Clarck, aos oficiais brasileiros, mapas, mensagens religiosas e dos comandantes brasileiros, manual de sobrevivência no mar, passes de folga, bilhetes de cinema, postais e desenhos. Uma infinidade de pequenas recordações primorosamente organizadas.
Mergulhei nos meses seguintes na tradução do diário. E tive a idéia de publicar inicialmente no formato de blog, com as atualizações exatamente 60 anos após a redação original. O blog htto://diariodeguerra.zip.net até hoje é muito visitado, possui trechos traduzidos nos Estados Unidos e eventualmente é citado em monografias e artigos sobre a participação do Brasil na II Guerra Mundial. Daí para a edição em livro, através da gráfica P&A, do amigo Cléber Pereira, foi um pulo.
Assim, daquela conversa, do blog e do livro chegamos hoje ao documentário e ao projeto Piazza Brasile. A idéia não é remoer o passado andando em círculos e, mesmo que ainda seja uma homenagem ao meu pai, buscar novos e bombásticos dados históricos. Falta muito a falar sobre a participação do Brasil na II Guerra, sim. Mas me interessa principalmente aquilo que resistiu à omissão, à falta de cuidado com a memória e ao menosprezo geral do lado do Atlântico em que nasci. O resto é o desejo humano de conhecer, de descobrir, de criar, de transformar uma raiz, que seria a princípio apenas a raiz de uma planta, numa referência universal.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Pessoas que meu pai conheceu na guerra

Não fiz atualizações ontem, pois, preparando a viagem, voltei a revirar o diário original do meu pai e os papéis anexados. Há alguns minutos descobri uma anotação que resolvi compartilhar. É uma relação de italianos que ele conheceu e com quem conviveu durante a guerra. Já pensou reencontrar algum deles? Na pior das hipóteses, acho que dá pra encontrar descendentes deles. Muito interessante.
 

 
 
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Doação para o Monumento Votivo

Objetos pertencentes a Italo, catalogados para exposição no lançamento do livro na Casa da Itália, em Salvador
 
Fazendo um breve inventário dos objetos e documentos da II Guerra guardados durante décadas por Italo Diogo Tavares. A idéia é doar para o Monumento Votivo Militar Brasileiro, em Pistoia, que deve ser transformado em museu. Confira os monumentos brasileiros na Itália no link abaixo:
 
http://www.exercito.gov.br/web/guest/os-monumentos-e-o-museu-da-forca-expedicionaria-brasileira-na-italia

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cruzando o Equador com a benção de Netuno

Imigrantes italianos no convés do veleiro Anna Pizzorno

É bem brega, mas acho que vou pedir para a comissária de bordo avisar pra fazer um brinde quando estivermos passando pela Linha do Equador. Afinal, há duas histórias interessantes sobre essa passagem que envolvem minha família, de lado de mãe e pai. Por isso envolvem também a Itália e essa viagem. Do roteiro da guerra eu já falei. A outra história aconteceu muitos anos antes, em janeiro de 1875, com membros de famílias embarcadas naquela que acredito ter sido a primeira imigração em massa de italianos para o continente americano, ou a “Mérica”, como eles falavam.

Eram cerca de 50 famílias de sul da Itália e outras 50 do norte, principalmente das cidades de Modena, Concordia Sulla Secchia e Novi di Modena. O navio era o veleiro Anna Pizzorno, o antigo vapor Estrela do Norte, do qual haviam retirado as máquinas. Era extremamente lento. De forma que a partida de Gênova ocorreu a 20 de dezembro de 1874 e a passagem pelo Equador deve ter acontecido só na segunda quinzena de janeiro.

Foi grande a ansiedade dos colonos pela passagem da linha divisória do mundo. As histórias se multiplicavam, espalhadas em grande parte pelos marinheiros da tripulação. Uns diziam que não era raro o próprio Netuno, rei dos mares, aparecer no momento. E todos teriam que fazer um novo batismo, com água do mar, para que Netuno deixasse que eles passassem. Também havia a necessidade de fazer o ritual do grande pulo, para atravessar de fato a linha. Alguém lembrou que a ocasião geralmente era comemorada com uma festa. Nisso todos concordaram logo.

Assim foi feito naquele dia, em que a passagem pelo Equador ocorreria no final da tarde. Realizaram uma mascarada, regada a doses de vinho. Como acontecia nas noites, os colonos dançavam em grupo a “manfrina” ou a “tarantella” ao som de um pequeno órgão e uma cornamusa. Como fantasias, os homes se vertiam com roupas de mulheres e vice-versa. Todos com o rosto pintado de carvão, tirando gargalhadas até dos que estavam com medo de que tudo se inverteria ao passar para o outro lado do mundo, com o que está em cima ficando em baixo, homens virando mulheres, brancos virando negros e assim por diante.

Na hora marcada, um marinheiro anunciou a cerimônia do grande pulo, para que a viagem fosse tranqüila. Como altar, apresentou um tonel cerrado ao meio, sobre o qual haviam sido colocadas tábuas.

Às seis da tarde, o sino de bordo deu o sinal para o início da cerimônia. Mal começou e surgiu Netuno, que foi recebido pelo comandante. Todos que estavam no convés rodearam o altar improvisado. Após um discurso, o comandante perguntou pelo jovem mais corajoso, para que desse o grande pulo. Um jovem de Mantova, chamado Ferdinando Miglioli, se apresentou. Era um tipo galhofeiro que gostava de contar histórias e trajava vestes apropriadas para o momento: um vestido longo emprestado. Ouviu de Netuno que, como penitência para cruzar o Equador em segurança, teria que correr pela ponte e saltar sobre o altar improvisado. Assim fez. Ao pisar no alto, entretanto, as tábuas cederam e o jovem caiu no tonel, que todos notaram estar cheio de água. As gargalhadas encerraram a cerimônia.

Quase 70 anos depois, início de julho de 1944, no Navio General Mann, desta vez indo pra Itália, Netuno voltaria a marcar presença. É o que escreveu Italo Diogo Tavares:

“A passagem do equador foi um dos episódios do qual jamais me esquecerei. O comandante do ship ofereceu um prêmio de 200 dólares para quem primeiro avistasse a Linha do Equador. Às três horas da tarde, atravessamos a tradicional linha imaginária. Houve a comemoração desse grande acontecimento. Tivemos a visita do rei Netuno, o soberano dos mares. Depois de benzer a todos nós e nos desejar boa viagem, ele permitiu que atravessássemos a linha. Todos os oficiais receberam um diploma alusivo ao fato”.
 
Se Netuno levar em consideração meus precedentes familiares e permitir minha passagem, em breve teremos mais novidades.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Últimos preparativos

 

Os últimos preparativos envolvem tanta coisa que é impossível não ter a impressão de estar esquecendo algo. Vamos checar: notas fiscais de equipamentos, desbloqueio de cartões para uso no exterior, renovação de habilitação náutica, reservas de hotéis e carro, seguro saúde turismo, finalização do roteiro, revisão de dentista, impressão de cartões e crachá, programação de pagamento de contas, etc.. Validade dos passaportes e CNH OK. Iniciando contagem regressiva.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vários projetos numa viagem

 

Na verdade o projeto ficou engavetado durante um bom tempo e teve que ser reavaliado, mas segue um resumo do que está previsto fazer. Além disso, estarei colhendo material em Concordia Sulla Secchia, Modena e Gênova para a produção de outro livro, que tem o título provisório de “Merica”, sobre o qual falarei mais adiante.

Obras resultantes

1. Tradução e edição do livro “Nós vimos a cobra fumar – diário de um jovem tenente brasileiro na Itália durante a II Guerra Mundial”, de Italo Diogo Tavares, em italiano.

2. Produção do livro-reportagem bilíngüe “Piazza Brasile”, com textos e fotos, narrando a repetição nos dias de hoje do roteiro seguido por Italo Diogo Tavares na Itália. Vamos procurar personagens remanescentes, reflexos da passagem dos brasileiros pelas cidades, na cultura e na formação da Itália e do Brasil, bem como traçar um paralelo dos atuais problemas e desafios destes países.

3. Produção do vídeo-documentário “Piazza Brasile”, concomitante ao livro, com versões em italiano e português, repetindo passo-a-passo o resgate do caminho trilhado pelos pracinhas desde a chegada na Itália.

4. Edição do DVD multimídia bilíngüe com todo o material produzido no projeto.

Opere risultanti

1. Traduzione e edizione del libro “Nos vimos a cobra fumar - Diario di un giovane tenente in Italia durante la seconda guerra mondiale”, del brasiliano Italo Diogo Tavares, in italiano.

2. Produzione del libro-reportage bilingue “Piazza Brasile” con testi e fotografie, raccontando la ripetizione nei giorni attuali dell´itinerario percorso da Italo Diogo Tavares in Italia. Cercheremo personaggi superstiti, riflessi del passaggio dei brasiliani nelle città, nella cultura, nella formazione dell´Italia e del Brasile, e cercheremo relazioni tra gli attuali problemi e le sfide di questi paesi.

3. Produzione del video-documentario “Piazza Brasile” in concomitanza con il libro, con versioni in portoghese e italiano, ripercorrendo, passo a passo il cammino percorso dai “pracinhas” (soldati brasiliani) sin dal loro arrivo in Italia.

4. Produzione del DVD multimedia bilingue con tutto il materiale prodotto nel progetto.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Projeto envolve três gerações


O PROJETO PIAZZA BRASILE ENVOLVE TRÊS GERAÇÕES DA FAMÍLIA, COMEÇANDO, É CLARO, PELO AUTOR DO DIÁRIO, MEU PAI, ITALO. COMO DEPENDEMOS DE AGENDAS E DISPONIBILIDADE, ESSA ETAPA FICARÁ MAIS COMIGO, JÁ QUE SURGIU UMA “JANELA”, MAS DEVERÁ ENVOLVER NAS PRÓXIMAS ETAPAS MINHA SOBRINHA CINEASTA, LIGIA DIOGO. ABRAÇO.
 
Italo Diogo Tavares (1923-2002)
 
 
 
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, em 12 de abril de 1923. Filho do médico, advogado e funcionário público Octavio Diogo Tavares e da dona de casa Edgardina Ribeiro Tavares, manifestou desde muito novo a intenção de seguir a carreira militar. Passou a ser o único filho do casal, após a morte, por desinteria, do irmão Hélio, três anos mais velho do que ele, aos sete anos. Fez praticamente todos os estudos no Colégio Militar do Rio de Janeiro e ingressou na Força Expedicionária Brasileira (FEB) como aspirante a tenente. Embarcou para a Itália no final de junho de 1944, com o primeiro grupamento das tropas brasileiras, e começou a escrever o diário, que só chegaria às mãos do filho em 2003, para ser publicado em 2005. Participou da campanha da Itália no front até a rendição alemã e posterior fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Seus relatos de guerra começam na mobilização para o embarque, no Rio, em 29 de junho de 1944, e terminam na véspera do desembarque de volta, em 17 de julho de 1945. Promovido a tenente durante a guerra, Italo seguiu a carreira militar ao voltar para o Brasil e se formou na Escola Superior de Guerra (ESG). Casou com a descendente de italianos paulistana Theodosia Provasi no dia 28 de maio de 1947. O casal teve cinco filhos. Viúvo, casou novamente em 11 de novembro de 1976 com Maria Eugênia Barrow, com quem não teve filhos e viveu até falecer, em 9 de maio de 2002. Já na reserva, em 1995, viajou novamente para a Itália, a convite do governo italiano, onde participou das comemorações oficiais dos 50 anos de libertação do país.
 
Nato nella città di Rio di Janeiro, Brasile, il 12 aprile del 1923. Figlio del medico, avvocato e funzionario pubblico Octavio Diogo Tavares e della casalinga Edgardina Ribeiro Tavares ha dimostrato da molto giovane il suo intento di seguire la carriera militare. È diventato figlio unico della coppia dopo la morte, per dissenteria, del fratello Helio, tre anni più grande di lui, a sette anni. Ha compiuto praticamente tutta la carriera scolastica alla scuola militare di Rio de Janeiro ed è entrato nella “Força expedicionaria brasileira (FEB) come aspirante a tenente. È partito per l´ Italia alla fine del giugno del 1944, con il primo gruppo delle truppe brasiliane, e ha cominciato a scrivere il suo diario, che sarebbe finito nelle mani del figlio solo nel 2003 e quindi pubblicato nel 2005. Ha partecipato alla guerra in Italia nel fronte fino alla resa tedesca e alla successiva fine della seconda guerra mondiale in Europa. I suoi racconti di guerra cominciano nella mobilizzazione per l´imbarco a Rio de Janeiro, il 29 giugno del 1944 e finiscono alla vigilia dello sbarco di ritorno, il 17 luglio del 1945. Promosso tenente durante la guerra, Italo ha seguito la carriera militare al suo ritorno in Brasile e si è diplomato nella Scuola Superiore di Guerra (ESG). Si é sposato con la discendente di italiani paulistana Theodosia Provasi il 28 maggio del 1947. La coppia ha avuto cinque figli. Vedovo, si é sposato ancora l’ 11 novembre del 1976 con Maria Eugenia Barrow, con la quale non ha avuto figli ed é vissuto fino al giorno della sua morte il 9 maggio del 2002. Già nella riserva, nel 1995, é ritornato in Italia, dove há partecipato alle commemorazioni ufficiali dei 50 anni della liberazione del paese, su invito del governo italiano.
 
Eduardo Diogo Tavares (1963)
 
 
Quinto e mais novo dos cinco filhos de Italo Diogo Tavares e Theodosia Provasi Tavares, Eduardo também nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de fevereiro de 1963. Ainda durante os estudos no nível médio, lançou o primeiro livro, Apertura (1979). Na faculdade de jornalismo, lançou o segundo, Pedaços (1982). Após se formar, em 1986, mudou para Salvador, Bahia, onde exerceu a atividade de jornalista, como colaborador, correspondente ou contratado, nos principais jornais, revistas, rádios e TVs, a exemplo do Jornal do Brasil, revista Veja, A Tarde, TV Bandeirantes, Rádio Educadora, Jornal da Bahia, Correio da Bahia, Revista da Bahia. Também trabalhou como assessor de comunicação, produtor e roteirista em campanhas eleitorais, para empresas e entidades, como a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), a central de trabalhadores Força Sindical na Bahia e o Progetto SUD-Uil/Minarte – Centro de Artesanato Mineral da Bahia, executado pela Unione Italiana del Lavoro (Uil). Morando em Salvador, lançou os livros Uma viagem (1989), Separação anunciada (1989), O milagre de Dom Amoroso (1995), Rotas & desvios (1996) e Breves histórias da dessemelhança (2000). Organizou e editou também o livro do pai, Italo, “Nós vimos a cobra fumar” (2005).
 
Il quinto e più piccolo dei cinque figli di Italo Diogo Tavares e Theodosia Provasi Tavares, Eduardo è nato anche lui a Rio de Janeiro, l’ 8 febbraio 1963. Ancora prima di finire Il liceo ha pubblicato il suo primo libro, “Apertura” (1979). Nella facoltá di giornalismo ha pubblicato il secondo, “Pedaços” (1982). Dopo la laurea, nel 1986 ha cambiato residenza e é andato a vivere a Salvador, Bahia, dove há lavorato come giornalista, collaboratore, corrispondente o “a contratto”, nei principali giornali, riviste, radio e tv, come ad esempio: “Jornal do Brasil, rivista Veja, A Tarde, Tv Bandeirantes, Radio Educadora, Jornal da Bahia, Correio da Bahia, Revista da Bahia”. Ha lavorato anche come Assessore di comunicazione, produttore e seceneggiatore in campagne elettorali, per aziende ed entità come: Federaçao das Camaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Central de Trabalhadores Força Sindical na Bahia e Il Progetto SUD-UIL/Minarte – Centro de Artesanato Mineral da Bahia, eseguito dall`Unione Italiana del Lavoro (UIL). Abitando a Salvador, ha pubblicato i libri “Uma viagem” (1989), “Separaçao anunciada” (1989), “O Milagre de Dom Amoroso” (1995), “Rotas e desvios” (1996) e “Breves historias de dessemelhança” (2000). Há organizzato e editato anche il libro del padre, Italo, “Nos vimos a cobra fumar” (2005).
 
Lígia Diogo (1981)
 
 
Neta de Italo Diogo Tavares e Theodosia Provasi Tavares, filha de Edson Diogo Tavares (quarto filho de Italo) e Lúcia Diogo Azevedo. Estudou História da Arte da Universidade de Tübingen, na Alemanha, em 2004, e se formou em Cinema na Universidade Federal Fluminense (UFF) no final de 2006. Durante a faculdade, ela dirigiu a produção de quatro curtametragens, entre eles, os premiados “Frio” e “Escondeesconde”. Trabalhou também como assistente de direção, diretora de elenco, diretora de arte e figurinista. No final do curso, Lígia dirigiu o curta-metragem em 16mm “Holanda”, que está sendo finalizado. Trabalhou em projetos de educação audiovisual, dentre eles, o curso de Televisão da Vila Olímpica da Maré e I Oficina de Vídeo do CRIAA – UFF. Em 2007, fundou a produtora Segunda-Feira Filmes com o marido Alvaro Furloni e dois amigos. Desde então a produtora vem desenvolvendo projetos de filmes, mostras e festivais de cinema e cursos e workshops, destacando-se o projeto Oficina de Pensamento e Produção Audiovisual (OPPA) realizado em escolas particulares do Rio de Janeiro e a mostra “José Dumont: O Homem que Virou Cinema!”, que se realizará em Julho de 2008 no CCBB Rio de Janeiro e no CCBB Brasília. Paralelamente, Lígia é assistente de produção executiva e coordenadora de atividades paralelas do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro - Curta Cinema e cursa o Mestrado de Comunicação, também na UFF, com o projeto “Vídeos de Família: Do Fundo do Baú para as Telas de Cinema (e para a Internet)”.
 
Nipote di Italo Diogo Tavares e Theodosia Provasi Tavares, figlia di Edson Diogo Tavares (quarto figlio di Italo) e Lucia Diogo Azevedo. Ha studiato storia dell´arte all’Università di Tubingen, in Germania, e si è laureata in cinema all’Università Federale Fluminense (UFF) alla fine del 2006. Nella facoltà ha diretto la produzione di quattro corti, tra di essi i premiati “Frio” e “Esconde esconde”. Ha lavorato anche come assistente di direzione, direttore di elenco, direttore di arte e figurinista. Alla fine del corso, Ligia ha diretto il corto in 16 mm “Holanda” che sta per essere concluso. Ha lavorato in progetti educativi audiovisuali, tra cui il corso di televisione della “Vila Olimpica da Maré” e la I Oficina de Video do CRIAA – UFF. Nel 2007, ha fondato la Casa di Produzione “Segunda-feira filmes” con il marito Alvaro Furloni e due amici. Da allora sviluppa progetti di film, mostre, festival del cinema, corsi e workshop tra i quali spicca il progetto “Oficina do Pensamento e Produção Audiovisual (OPPA)” realizzato nelle scuole private di Rio de Janeiro e la Mostra “Jose Dumont: O Homem que virou cinema!”, che si realizzerà nel luglio del 2008 nel CCBB Rio de Janeiro e nel CCBB Brasilia. Parallelamente, Lígia è assistente di produzione esecutiva e coordinatrice di attività parallele del Festival internazionale di corti di Rio de Janeiro (Curta Cinema) e fa un master in scienze della comunicazione, sempre alla UFF, con il progetto “Videos de familia : Do fundo do baù para as telas de cinema (e para internet)”.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Itinerário

 
O roteiro será o descrito no diário. O tempo de permanência em cada local dependerá de circunstâncias, como fontes de entrevistas, imagens ou histórias correlatas, mas a previsão é de que as gravações e os registros levem um mês. O roteiro pode ser ampliado, com a visita de cemitérios, monumentos e museus em cidades próximas, mas os locais destacados serão obrigatoriamente visitados.
 
il tragitto sara il descritto nel diário. Il tempo di soggiorno in ogni luogo dipenderà dalle circostanze del momento, ma la previsione é che le riprese generali e di interviste durino circa un mese. L´itinerario può essere aumentato con la visita a cimiteri, monumenti e musei nelle città vicine, ma i luoghi sottoelencati saranno  obbligatoriamente visitati.
 
 
Napoli  (Bagnoli)
 

Tarquinia (Grosseto, Vada)
 

 
Livorno
Pisa
Lucca

 
Campolemisi
 

 
Pescaglia
Pistoia (Monumento Votivo)
Firenze
Porreta Terme

 
Torre de Nerone
 

 
Monteacuto
 

 
Monte Castello
 

 
Montese
Zocca (Placência, Voghera)
Casei Gerola