domingo, 20 de outubro de 2013
terça-feira, 15 de outubro de 2013
domingo, 13 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
sábado, 21 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
domingo, 8 de setembro de 2013
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
sábado, 17 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Lembranças da guerra
Copyright by Diogo Tavares e Nádya Argôlo
Esta é a capa de um livro de fotos/reportagem que acabamos de editar eletronicamente. Ainda não está disponível em versão impressa, mas vamos publicar o preview aqui periodicamente, a partir de hoje, pra dar um gostinho. A foto da capa foi feita tendo como ponto de visão o interior de uma casamata construída pelo exército nazista nas montanhas, nos Apeninos, norte da Itális, perto da cidade de Borgo a Mozzano. Na foto estão nossos "guias" Piergiorgio Pieroni, responsável pelo Museo della Memmoria, que tem um dos maiores acervos de objetos da II Guerra, e Mario Pereira, administrador do Monumento Votivo Militar Brasileiro, antigo cemitério do Exército Brasileiro, que abriga em Pistoia o Túmulo do Soldado Desconhecido. Um pouco mais sobre isso é o que nós contamos e mostramos nas páginas do livro.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Documentário da Globo News
Se peca pela falta de profundidade, este pequeno documentário ganha pela agilidade no tratamento do tema. Participação de Barone, do Paralamas, colecionador e pesquisador do tema, da família dos filhos de ex-combatentes, que é muito feliz ao citar a nossa amnésia histórica crônica. Como disse Mário Pereira, nosso parentesco vem dos nossos pais, que foram irmãos de armas.
domingo, 24 de março de 2013
Amor em tempos de guerra
Mesmo nas guerras há espaço para o amor. Dos soldados brasileiros que lutaram na II Guerra, 58 casaram com italianas que conheceram durante a campanha. O número é relativamente pequeno, mas significativo diante das dificuldades burocráticas daqueles que fizeram esta opção. "Eu me casei por procuração", conta Giuliana Pereira, viúva de Miguel Pereira.
Depois da guerra, Miguel teve que retornar ao Brasil, como os outros soldados. Já a família de Giuliana não permitia que ela viajasse sozinha para o matrimônio. A solução foi o casamento por procuração, com cerimônias realizadas dos dois lados do Atlântico. O casal só conseguiu "consumar a união" meses depois e se estabeleceu na Itália após a indicação de Miguel Pereira como guardião do Cemitério do Exército Brasileiro de Pistoia. Foram 56 anos de convivência, três filhos e a herança de ter ajudado a contar para as futuras gerações a história do Brasil na II Guerra. Confira um pequeno trecho do depoimento de Giuliana Pereira no link abaixo.
Depois da guerra, Miguel teve que retornar ao Brasil, como os outros soldados. Já a família de Giuliana não permitia que ela viajasse sozinha para o matrimônio. A solução foi o casamento por procuração, com cerimônias realizadas dos dois lados do Atlântico. O casal só conseguiu "consumar a união" meses depois e se estabeleceu na Itália após a indicação de Miguel Pereira como guardião do Cemitério do Exército Brasileiro de Pistoia. Foram 56 anos de convivência, três filhos e a herança de ter ajudado a contar para as futuras gerações a história do Brasil na II Guerra. Confira um pequeno trecho do depoimento de Giuliana Pereira no link abaixo.
sábado, 23 de março de 2013
Uma torre no meio da linha inimiga
O grande objetivo dos aliados no segundo semestre de 1944 na Itália era romper a linha defensifa do exército nazista, a chmada Linha Gótica. Foi o que aconteceu de modo muito frágil na Torre de Nerone, perto de Vergato, elevação conquistada pelo Batalhão de Montanha dos Estados Unidos e que foi mantida pelos soldados brasileiros durante todo o inverno. Como era uma ponte avançada, praticamente cercada pelos alemães, os brasileiros sofreram durante dois meses constantes e intensos bombardeiros vindos de dois lados. As terríveis condições de sobrevivência na Torre di Nerone, agravadas pela neve, são lembradas por Mário Pereira. Segundo ele, o local era chamado de "Terra dos Piolhos", tamanha a proliferação destes insetos diante da dificuldade dos soldados saírem de seus abrigos individuais (foxhole) para fazer a higiene ideal. Mesmo a ração de alimentos só podia ser levada durante a noite, no escuro, para evitar a artilharia inimiga.
Essa foi uma parte marcante e emocionante da viagem. Nesse lugar meu pai, Italo Diogo Tavares, psssou quase todo o inverno de 1944/1945. Nunca conversou sobre a guerrra, como se quisesse esquecer ou nos poupar, eu e meus irmãos, do lado cruel da humanidade. Honestidade, comprometimento, honra, determinação nunca foram meras palavras na minha casa. E o amor sempre foi mais um olhar do que uma palavra, talvez por conta de uma cicatriz não visível de uma guerra que nosso pai ajudou a manter distante.
Essa foi uma parte marcante e emocionante da viagem. Nesse lugar meu pai, Italo Diogo Tavares, psssou quase todo o inverno de 1944/1945. Nunca conversou sobre a guerrra, como se quisesse esquecer ou nos poupar, eu e meus irmãos, do lado cruel da humanidade. Honestidade, comprometimento, honra, determinação nunca foram meras palavras na minha casa. E o amor sempre foi mais um olhar do que uma palavra, talvez por conta de uma cicatriz não visível de uma guerra que nosso pai ajudou a manter distante.
Um trecho do depoimento de Mario Pereira está no link abaixo.
domingo, 17 de março de 2013
Os soldados mais lembrados
No norte da Itália há mais de uma dezena de monumentos dedicados à presença da FEB ou a ex-combatentes brasileiros de modo particular. Destes, apenas dois foram construídos com recursos do governo brasileiro: o Monumento Votivo e o Monumento Libertação, erguido em Gaggio Montano, à frente do simbólico Monte Castelo. Todos os outros partiram da iniciativa das prefeituras locais e há casos interessantes de marcos feitos em propriedades rurais particulares por moradores que conviveram com soldados que foram mortos naqueles lugares durante ataques dos inimigos alemães. Neles, estão registrados os nomes dos pracinhas e os votos de carinho e gratidão dos italianos. Nenhum outro exército que combateu na Itália possui tantas homenagens. Confira depoimento de Mario Pereira na frente do Monumento de Monte Castelo.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Vivendo a guerra na Casa de Pedras
Com 79 anos, Iolanda Maratta, moradora da área rural de Riola di Vergato, tinha apenas 12 anos quando a guerra começou. Ela conta porque os soldados brasileiros cativaram a população italiana: "Os tedescos (alemães) eram muito duros e fuzilavam as pessoas por qualquer motivo (...) Os americanos davam coisas como quem tem muito e mostra que pode ser bom e ajudar as pessoas. Mas os brasileiros dividiam o que tinham, dividiam a ração com a gente. Eles traziam pra casa da gente tudo que recebiam, minha mãe cozinhava e todos comiam juntos", lembra, emocionada. Veja um trecho do depoimento dela no projeto Piazza Brasile em que ele lembra que a família não podia saír de casa durante o dia para buscar comida.
segunda-feira, 11 de março de 2013
O guardião da capelinha
Em Staffoli há uma capelinha de pedras erguida por soldados brasileiros. É a única construção deixada pelos soldados brasileiros na Itália. Ela foi feita com pedras e outros materiais encontrados por um grupo de soldados brasileiros, que dedicaram o templo a Nossa Senhora de Lourdes (Santa Croce Sull'arno). Após a guerra, entretanto, o local foi abandonado. Coberto por mato, teve a localização perdida nos anos seguintes, ficando desaparecido por mais de meio século. A redescoberta só aconteceu quase por acaso, em 2002, quando um morador do local, Giuliano Cappelli, praticamente tropeçou na estrutura de pedras. Munido de fotografias antigas, o próprio Cappelli se empenhou em restaurar a construção, refazendo as colunas quebradas e o pequeno altar. Confira trecho do depoimento dele no projeto Piazza Brasile.
terça-feira, 5 de março de 2013
Monumento abriga Soldado Desconhecido
O principal marco da atuação dos chamados “pracinhas” da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália é o Monumento Votivo Militar,
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Aniversário da tomada de Monte Castelo
Há 68 anos os soldados brasileiros tomavam o Monte Castelo, no norte da Itália, depois de quatro tentativas frustradas. Visitando o lugar, como fizemos, podemos constatar que algumas críticas feitas na época à atuação da FEB foram exageradas.
Foram vários os motivos que colocavam o exército nazista em vantagem na defesa daquela posição: conhecimento da região, mais de um ano e meio para preparar as fortificações, a geografia, a neve, a neblina e a falta de treinamento do inimigo em combate de montanha.
Para marcar essa data, seguem os links de uma ótima série de reportagem de uma TV paranaense que ajuda a contar essa história.
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
PARTE 4
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Um depoimento especial
No nosso último dia em Pistoia, gravamos um depoimento muito especial da Sra. Giulianna, viuva do Miguel Pereira. Ela nos contou do início desta história de amor e das dificuldades do casamento "por procuração". Ao todo, 58 pracinhas brasileiros casaram com senhorinas italianas que conheceram durante a guerra.
domingo, 13 de janeiro de 2013
População homenageia soldados com monumentos
No segundo dia do nosso giro com Mario Pereira visitamos importantes cidades libertadas pelos soldados brasileiros e onde as comunidades registraram esse fato através de monumentos. É o caso Ge Gaggio Montano, Massarosa e Montese. Na prefeitura de Montese, a participação do Brasil na II Guerra está presente em uma exposição permanente de fotografias, além da Piazza Brasile. Outros monumentos, localizados em áreas rurais, marcam locais onde alguns soldados brasileiros morreram em combate. Dois desses foram iniciativas de moradores locais, que sentiram necessidade de homenagear àqueles bravos estrangeiros. Em algumas casas ainda se pode notar buracos de tiros nas paredes de pedra.
Chama particular atenção o cenário das batalhas de Monte Castelo. É um local de difícil acesso, com encostas acentuadas e muitas árvores ressecadas pelo frio intenso, mas onde ainda se encontra as trincheiras construídas pelos alemães para manter a posição. Também se pode achar ainda hoje pedaços de projéteis e objetos pessoais dos soldados que mantiveram aquelas posições até a tomada definitiva pela FEB, em 1945. Imaginar aquele local tão fortemente armado, ainda com o agravante da neve, ajuda a entender porque as primeiras duas tentativas de tomada falharam. O clima, o terreno e a fortificação inimiga preparada durante meses favoreciam muito a defesa.
Gravamos um depoimento impressionante com uma moradora que conviveu com os soldados brasileiros. Yolanda Maratta, 79 anos, destacou muito o caráter humano dos brasileiros. Enquanto outros soldados davam alguma comida para a população como favor, os brasileiros dividiam o que tinham com as pessoas. Por isso se tornavam praticamente membros da família. Na sua casa de pedras, construída pelos seus antepassados em 1517, ela mostrou a correspondência que mantém até hoje com ex-combatentes e familiares deles.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Na Torre di Nerone
Hoje estive no local
que é cenário chave deste projeto, a Torre de Nerone. Foi onde meu pai passou todo o rigoroso inverno de
1944/45. Ainda hoje, 68 anos depois, o lugar é ermo e de difícil acesso. As ruínas
da torre continuam lá exatamente como na época da guerra. Ainda existem troncos
de madeira perfurados por bala e é comum
se encontrar ainda hoje fragmentos de projéteis.
Por sorte o morro não está coberto por neve, mas a névoa
ajuda a compreender a dificuldade de sobreviver no local. Era a frente mais
avançada dos aliados e ficava praticamente cercada pelos alemães, que faziam
intenso e contínuo bombardeio. Segundo Mario Pereira, o lugar era chamado ‘terra dos piolhos’ pois a higiene
era precária. Na maior parte do tempo os soldados tinham que ficar nas trincheiras
individuais, os chamados foxhole.
Sobreviver nessas condições, por si só já foi um ato de superação.
Amanhã conto o que vimos nos 150 km percorridos hoje.
Amanhã conto o que vimos nos 150 km percorridos hoje.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Capela só foi reencontrada em 2002
Hoje o dia foi muito produtivo. Andamos de carro mais de 300 km, gravamos dois depoimentos e visitamos monumentos em homenagem aos soldados brasileiros. Uma preciosidade é a capelinha de Nossa Senhora de Lourdes, construida com pedras por soldados brasileiros em Staffoli e que estava desaparecida desde o final da guerra. Estava coberta por mato e só foi reencontrada em 2002 e reformada com base em fotos da época. O responsável, Sr. Giuliano Cappelli, foi muito atencioso e nos contou como ele reformou pessoalmente a capela.
Depois de uma passagem por Pisa, visitamos a cidade de Massarosa, a primeira libertada pelo Exército Brasileiro e que registrou o reconhecimento danto nome a uma pequena praça ao lado da Prefeitura.
Em Borgo a Mozzano, visitamos o museu local com o responsável, o Sr. Piergiorgio Prioli. Impressionante o acervo de peças da guerra encontradas na região, muitas guardadas por famílias de moradores. Depois visitamos parte das galerias de casamatas construidas pelos alemães como parte de defesa da Linha Gótica. Cavadas na pedra e feitas de concreto estão praticamente intactas, o que mostra a qualidade do concreto utilizado. Os alemães usaram trabalhadores especializados das minas de mármore. Alguns, partizanos, entregaram mapas com as localização das galerias aos aliados. Quando os brasileiros chegaram lá, os alemães, diante da queda da linha em outra parte do vale, já haviam recuado para posições mais ao norte. Senão, como mostra a estrutura de defesa, seria muito difícil derrotar eles em 1944. Muitos brasileiros certamente morreriam tentando.
Em Borgo a Mozzano, visitamos o museu local com o responsável, o Sr. Piergiorgio Prioli. Impressionante o acervo de peças da guerra encontradas na região, muitas guardadas por famílias de moradores. Depois visitamos parte das galerias de casamatas construidas pelos alemães como parte de defesa da Linha Gótica. Cavadas na pedra e feitas de concreto estão praticamente intactas, o que mostra a qualidade do concreto utilizado. Os alemães usaram trabalhadores especializados das minas de mármore. Alguns, partizanos, entregaram mapas com as localização das galerias aos aliados. Quando os brasileiros chegaram lá, os alemães, diante da queda da linha em outra parte do vale, já haviam recuado para posições mais ao norte. Senão, como mostra a estrutura de defesa, seria muito difícil derrotar eles em 1944. Muitos brasileiros certamente morreriam tentando.
Antes de voltar a Pistoia, presenciamos o por do sol na Ponte della Maddalena o del Diavolo. Diz a lenda que os soldados brasileiros teriam ouvido de moradores locais que era impossível derrubar a ponte medieval e a atravessaram em meio a intenso bombardeio de canhões alemães. O fato é que a ponte está lá e nenhum tiro de canhão a derrubou. Da ponte, se avista o alto dos Apeninos coberto de neve.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Novo lar para o diário de guerra
Doei ontem ao Monumento Votivo Militar Brasileiro de Pistoia o diário original e todos os documentos guardados com ele pelo meu pai. Além de garantir a preservação deste legado histórico, o diário agora poderá ser visto por todos, principalmente pelos jovens que visitam o monumento. Foi muito emocionante. Hoje visitaremos vários locais onde os soldados brasileiros combateram e a Torre de Nerone, onde meu pai passou todo o Inverno de 1944/1945. Era o ponto mais avançado do exército aliado na região dos Apeninos.
Monumento Votivo Militar Brasileiro
Visitamos hoje o Monumento Votivo Militar Brasileiro, em Pistoia. Um ótimo trabalho do Mário Pereira, filho do Miguel Pereira. Conversamos muito sobre essa história comum de filhos de ex-combatente. O monumento ocupa a área do antigo cemitério brasileiro, onde estavam enterrados 465 corpos de soldados brasileiros que morreram na II Guerra Mundial. Os corpos foram trasladados para monumento no Aterro do Flamengo, no Rio, em 1960. Hoje o Monumento Votivo abriga apenas o túmulo do soldado desconhecido, provavelmente com os restos mortais de um dos três soldados brasiuleiros desaparecidos na guerra. Parafraseando o pai de Mário, Miguel Pereira, o local é "tristemente lindo".
sábado, 5 de janeiro de 2013
Um dia de trabalho no porto de Napoli
Um sábado de muito trabalho na região portuária de Napoli. Fizemos muitas passagens e imagens. Agora à noite é véspera do dia da Befana, uma espécie de Dia das Bruxas na Itália. Também sequência das festas de fim de ano. Oportunamente, estamos fazendo um camarão na moranga na casa de Juliana, o que vem a ser, na verdade, um "lagostino na zucca". O detalhe é que o Vesuvio parece surgir das nuvens.
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