domingo, 13 de janeiro de 2013

População homenageia soldados com monumentos

 
No segundo dia do nosso giro com Mario Pereira visitamos importantes cidades libertadas pelos soldados brasileiros e onde as comunidades registraram esse fato através de monumentos. É o caso Ge Gaggio Montano, Massarosa e Montese. Na prefeitura de Montese, a participação do Brasil na II Guerra está presente em uma exposição permanente de fotografias, além da Piazza Brasile. Outros monumentos, localizados em áreas rurais, marcam locais onde alguns soldados brasileiros morreram em combate. Dois desses foram iniciativas de moradores locais, que sentiram necessidade de homenagear àqueles bravos estrangeiros. Em algumas casas ainda se pode notar buracos de tiros nas paredes de pedra.
 
 
 
 
 
 
 
Chama particular atenção o cenário das batalhas de Monte Castelo. É um local de difícil acesso, com encostas acentuadas e muitas árvores ressecadas pelo frio intenso, mas onde ainda se encontra as trincheiras construídas pelos alemães para manter a posição. Também se pode achar ainda hoje pedaços de projéteis e objetos pessoais dos soldados que mantiveram aquelas posições até a tomada definitiva pela FEB, em 1945. Imaginar aquele local tão fortemente armado, ainda com o agravante da neve, ajuda a entender porque as primeiras duas tentativas de tomada falharam. O clima, o terreno e a fortificação inimiga preparada durante meses favoreciam muito a defesa. 
 
 
Gravamos um depoimento impressionante com uma moradora que conviveu com os soldados brasileiros. Yolanda Maratta, 79 anos, destacou muito o caráter humano dos brasileiros. Enquanto outros soldados davam alguma comida para a população como favor, os brasileiros dividiam o que tinham com as pessoas. Por isso se tornavam praticamente membros da família. Na sua casa de pedras, construída pelos seus antepassados em 1517, ela mostrou a correspondência que mantém até hoje com ex-combatentes e familiares deles. 

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